Há vários anos que investigadores da NAI (Nasa Astrobiology Institute), um bom site sobre biologia “de ponta”, dizia eu, que estes investigadores há já vários anos dedicam tempo ao estudo de ecossistemas na denominada “Biosfera Profunda”. Alguns dos meus amigos deste blogue já devem estar a pensar, lá vem mais um post dos “ecossistemas exóticos”. Mas é mesmo isso, mais dados sobre a origem da vida onde investigadores do NAI relatam a descoberta de novas comunidades bacterianas existentes no interior das rochas no fundo oceânico (basaltos, sedimentos, etc). E o que fazem estas bactérias no interior da crosta? “Comem”, respondo eu, “alimentam-se, nutrem-se”, diria o professor de biologia e geologia. Alimentam-se do quê, no interior das rochas?
A nutrição é exótica (mas eu gosto de ecossistemas exóticos, recordam-se), nada mais que o resultado de processos de meteorização química (oxidações e hidratações) em basaltos que fornecem o “alimento” destas comunidades procarióticas. Resumindo, a meteorização dos minerais de basaltos e rochas outras rochas constituintes da crosta fornecem a estas comunidades os nutrientes para que possa ocorrer a quimiossíntese (Geosfera / Biosfera). Este processo não é novidade, dirão os leitores, a novidade agora é que estes investigadores consideram que este processo que ocorreu na terra primitiva terá tido lugar em lagos de água salgada, ou mares salgados de pouca profundidade e em toda a extenção da crosta terrestre inicial e não em ambientes de “Biosfera Profunda”.
Um dos problemas destes últimos ecossistemas é a carência de carbono e associada a esta carência problemas de, energia (glicose..).
A vida primordial para poder evoluir teria de ter fontes de carbono acessíveis, e a pouca profundidade esse carbono estaria mais acessível. Porém estes ecossistemas também estariam mais vulneráveis a acontecimentos catastróficos como impactos com cometas e outros corpos.
“.. With evidence that the oceanic crust supports more bacteria compared with overlying water, the scientists hypothesized that reactions with the rocks themselves might offer fuel for life.” Katrina Edwards
Um vídeo sobre o artigo (vale bem perder uns minutos e ficar a perceber a importância destes ecossistemas exóticos)
Artigo original – Nature
Um artigo importante – Katrina Edwards
Site que aconselho : Astrobiology (NASA)
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