Ciclo das Rochas – Museu de História Natural – Londres
A Terra é um planeta dinâmico, vivo, como se poderá dizer em sentido figurado. E esse dinamismo radica em duas fontes de energia: uma delas é o calor que ainda conserva no seu interior; a outra é o Sol, através da sua radiação.
Diz-se, então, que há uma geodinâmica interna e uma geodinâmica externa. Como manifestações do dinamismo induzido pelo calor interno, somos sensíveis à actividade vulcânica e aos tremores de terra, directamente presenciáveis ou reconhecíveis a partir dos seus efeitos. Outras expressões deste dinamismo correspondem a processos imensamente lentos, só perceptíveis à escala do tempo geológico. Entre elas destacam-se a elevação das cadeias de montanhas, a abertura e alastramento dos oceanos, a deriva dos continentes, quais jangadas flutuantes, e a formação de rochas magmáticas, em profundidade, a partir de materiais em fusão.
Com o dinamismo radicado na energia radiante do Sol relacionam-se processos e ambientes ao alcance da nossa possibilidade de observação, com destaque para: a alteração ou meteorização das rochas, uma espécie de apodrecimento por efeito dos agentes atmosféricos; a chuva, o vento e o gelo, bem como os seus efeitos enquanto agentes de erosão e transporte dos sedimentos, entendidos como as partículas minerais e rochosas arrancadas às rochas aflorantes à superfície; o clima e a sua influência no relevo e na ocupação vegetal e animal, isto é, na paisagem; as correntes marinhas e os seus efeitos em termos de erosão, transporte e sedimentação; a biosfera e o papel dos seres vivos na origem e formação dos solos e na génese de algumas rochas.
Extraído – Como uma Bola Colorida – Galopim de Carvalho. Âncora Editores.
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