Pórfiro é uma designação antiga para uma rocha composta por uma pasta afanítica vermelha, tida como semelhante ao jaspe (silicito calcedonítico ou microquatzítico impregnado de óxidos de ferro, de coloração variável entre o vermelho e o castanho.). Esta pasta dos pórfiros envolve os fenocristais dispersos de quartzo e feldspato.
Entre fenocristais e megacristais
Os fenocristais são cristais bem desenvolvidos, no seio de uma matriz mal desenvolvida. Esta matriz, tipicamente, cristalizou tardiamente em relação aos fenocristais. Fenocristal é, tipicamente, o caso da olivina em basaltos porfiríticos ou porfíricos. Os “megacristais” são cristais bem desenvolvidos, no seio de uma matriz menos desenvolvida. Esta matriz, tipicamente, cristalizou antes dos megacristais, sendo por vezes visível incluída nos megacristais. O megacristal típico é o caso dos feldspatos em granitos porfiróides. Assim porfiróide para megacristais e porfirítico para fenocristais.
De volta aos Pórfiros
Atualmente o termo Pórfiro, refere uma rocha hipabissal, com fenocristais de várias espécies minerais, félsicos ou máficos envolvidos numa matriz muito fina, Foto 1. São assim considerados o pórfiros quártzicos, andesíticos, etc.
Foto 1 – Sarcófago de Helena de Constantinopla (Santa Helena), mãe do Imperador romano Constantino. Museu do Vaticano. De acordo com a tradição cristã, terá sido Helena a descobrir o local da crucificação de Jesus Cristo.
Rocha de forte coloração vermelha com fenocristais esbranquiçados de feldspato, oriunda d Egito e usada como pedra ornamental. Também conhecida por “pórfiro vermelho antigo” e por “pórfiro imperial”
Jazigos minerais do tipo Pórfiro
Os jazigos minerais do tipo “Pórfiro” são assim designados por se encontrarem invariavelmente associados a rochas ígneas de textura porfirítica, em que a mineralização ocorre disseminada ou e rede de veios e filonetes (“stockwork” no interior de extensas áreas de alteração hidrotermal. Estes jazigos encontram-se a intrusões instaladas a níveis crustais superficiais (menos de 4 Km). Estes jazigos constituem fontes importantes de Cobre (Cu), molibdénio (Mo), ouro (Au), tungsténio e estanho (Sn) sendo a sua classificação essencialmente baseada no conteúdo em metais.
Fontes consultadas:
- https://www.elsevier.com/books/the-ore-minerals-under-the-microscope/pracejus/978-0-444-62725-4
- Dicionário de Geologia – A.M. Galopim de Carvalho. Âncora Editores.
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